Escrevo essa carta de um café. Hoje foi e está sendo um dia longo. Já passou da meia noite por aqui. Passei o dia no Coworking e quando ele fechou eu vim para cá.
Os últimos dias foram diferentes, oscilantes. Vivi muita coisa não planejada, aleatória, que simplesmente aconteceram. Uma vibe que eu amo, de quando eu coloco minha cabeça no travesseiro a noite e percebo que algo positivo aconteceu durante meu dia que eu jamais teria imaginado quando tirei ela do travesseiro de manhã. Uma sensação de possibilidades no ar. Expansão. Crescimento.
Mas, também vivi resistência. Uma sensação e gosto amargo de não estar fazendo o suficiente. De que estou decepcionando os outros, e a mim mesma.
Nunca escondi que períodos de lançamento de mentoria são desafiadores pra mim. Já melhorei muito -* muito, muito mesmo. *os travessões são meus e os textos aqui jamais serão escritos por inteligência artificial.
Essa é uma época que eu sempre me vejo de frente com o mesmo dilema: Como mostrar, fazer o convite dessa oportunidade, mas sem ferir o espaço pessoal do outro? Como honrar o que eu faço, o que eu sei que posso fazer pelo o outro e ainda sim honrar suas escolhas? Que muitas vezes envolvem até de ignorar completamente uma mensagem minha? Como não me importar? Como não permitir isso entrar em mim e machucar minha auto-estima? Como não deixar isso me encolher e desistir dessa pessoa?
Eu tenho hoje na minha parede uma coleção de post-its cuidadosamente colocados em ordem. São as vagas da mentoria. Alguns post-its já com nomes, pessoas escritas. Cada e-mail recebido foi celebrado. Cada nome foi escrito com cuidado e alegria. Mas, alguns post-its ainda estão vazios. Eu sei que são espaços ainda a serem preenchidos pelas pessoas certas. Eu sinto isso. Há espaço. Um vácuo que precisa ser preenchido. Eu sinto no meu coração. Há uma razão desse número de vagas ter surgido para mim. Quase que uma premonição da coisa certa. Do que é pra ser.
Respiro fundo.
Procuro o equilíbrio.
Fazer o que precisa ser feito. Divulgar. Mandar lembretes. Falar sobre. Convidar. Mostrar. Expandir. Jogar para o mundo. Fazer a minha parte. Digitar. Com as mãos.
E, também…
Relaxar. Permitir. Soltar. Confiar. Conectar. Internalizar. Com o coração.
Com 8 dias para o começo da mentoria, olho para a rua do lado de fora. Carros passando. Vidas. Milhões de vida do lado de fora. Bilhões. E ainda assim, nomes já escritos no post-it. O milagre, no meio de bilhões de possibilidades, o encontro. Pessoas que das maneiras mais diferentes sugiram na minha vida. Pessoas que buscam receber o que eu tenho para dar. Pessoas que tem também tem muito para dar o que eu preciso receber. Uma troca. Uma harmonia. O encontro dos ingredientes. O fermento. O resultado. O bolo.
Respiro fundo.
A vontade. A fé. A expansão. Merecemos viver nossos sonhos. A mágica. A conexão. Milagres são normais. Inimaginável. Melhor cenário.
E também a tensão. O medo. De não fazer o suficiente. De não dar o que alguém precisa. Da mensagem não chegar. De não permitir. Sonhos não vividos. Pior cenário.
Respiro fundo.
Pouco a pouco. Dia após dia. Literalmente, ano após ano. Sinto o crescimento. Eu era tão imatura na primeira mentoria. Precisei de tanta coragem. Sentia tanto medo. Sinto o orgulho. A vontade sempre venceu. Mesmo quando era difícil. O fermento, as vezes com força, permitiu o bolo crescer.
E as poucos, internamente,
chego no ponto de mutação.
Não há mais volta. A transformação.
Quem muda, muda de volta. Quem se transforma, não volta.
É sempre assim. Montanha-russa. Eletrizante, mas mágica.
Respiro fundo.
Confia, Ana.
O desconhecido nunca te decepcionou.
Talvez, um dos post-its vazios esteja a espera do seu nome.
Minha Nova Mentoria (Turma 3) começa dia 22.06 e se você sentir, as informações estão aqui. O convite está feito.
A sua vulnerabilidade na escrita é o que faz essas cartas tão especais Ana! Mandando energia positiva!