Escrevo essa carta da minha cama já pronta pra dormir. Tinha pensado em escrever sobre um assunto específico mas estou tão cansada que essa história ficará para amanhã.
A verdade é que eu não queria estar escrevendo isso hoje. Estou cansada e sem vontade. Mas, me comprometi e vir aqui é fazer o que precisa ser feito. O dia de ontem foi especial, mágico. O dia de hoje foi útil e difícil.
Pude expandir minha rede de networking e conhecer pessoas incríveis, fazer novas amizades e também me inspirar. Mas, já a noite, me vi de frente com sentimento não muito familiar pra mim: a raiva.
É difícil lidar com o fato de quem nem sempre as pessoas vão fazer o que a gente quer e espera. É essa falta de controle no outro que faz eu sentir esse sentimento incômodo, mas humano. Ao sentir a raiva nos meus braços, me permito ser humana, verdadeira. Deixar queimar. De dentro pra fora.
Aprendi, já adulta, que está tudo bem sentir esse sentimento, que eu não precisava esconder ele, principalmente pra mim mesma. Em algum momento lá atrás aprendi que era errado sentir isso e que mulheres boas não sentiam isso. Ledo engano.
A melhor coisa que podemos fazer por nós é atravessar esse mar de fogo interno e deixar queimar. Sentir.
Deixar explodir.
Meus motivos de raiva também são semelhantes, super desafiador entender que não tenho controle sobre a vida do outro... Putz😅
O que ultimamente tem me deixado com raiva é viver entre pessoas tóxicas e narcisistas. Para minha sorte, as encontro em casa e no trabalho. Não é tão fácil assim simplesmente tirar essas pessoas da minha vida. Tudo na teoria é lindo. Aos poucos vou tentando fazer movimentos de alcançar esse objetivo, mas já instalei a consciência de quem elas são e o que falam de mim não tem nada, absolutamente nada a ver com quem de verdade sou.