Escrevo essa carta, já da minha casa, e já bem tarde da noite, mas pronta para continuar fazendo o que precisa ser feito.
Sabe, uma das grandes maravilhas de fazer algo pela primeira vez é que quando você decide fazer pela segunda vez, tudo fica tão mais fácil. Esse é o segundo mês que eu decido que eu vou escrever todos os dias e apesar de saber que o trabalho não será em si mais fácil, sei e sinto que não carrego a carga mental e emocional da primeira vez que eu fiz isso.
Agora não é mais uma questão de: será que eu consigo fazer isso?
Agora é sobre fazer de novo.
Os últimos meses foram um pouco em um piloto automático, se é que posso falar isso. Desde o meu quase mês passado na China, para meu retorno, meu aniversário, a visita da minha mãe, acabei saindo de uma certa energia bem específica que eu consigo nutrir na minha vida quando interajo dois grandes nutrientes:
(1) sentar a bunda em um único lugar do planeta e
(2) me conectar nessa energia maravilhosa da potencialidade e intencionalidade.
Viver a vida não é fácil, mas é razoavelmente simples - em teoria. Podemos estar em nosso piloto automático, só fazendo o que se espera da gente e o que está na nossa frente, ou podemos juntar toda nossa força vital para os breves momentos de lucidez em que de fato decidimos quais os nossos próximos capítulos. Capítulos, dos quais, será necessária uma força hercúlea para tirar do papel e dar vida… em nossas vidas.
A verdade é que ser protagonista de nossas vidas dá trabalho, mas talvez, seja o único trabalho. Decidir ser intencional nesse mês de novembro é o que causará ele ser mágico. Afinal, não há reação sem uma ação. O resultado só é possível a partir de uma intenção e de um desejo.
Como comentei na última carta, outubro foi meio estranho. Consigo agradecer e ver sua utilidade, mas talvez fica um leve gosto agridoce do que poderia ter sido e não foi. Mas, com o começo de novembro vem a esperança. Novos ventos. Novas oportunidades. E, espero, uma nova Ana. Mais decidida. Mais firma. Mais lúcida.
Apesar de saber que é um pouco ilusório é delicioso se sentir que temos controle do que virá. No meu caso, como o próprio nome já diz, estou me abrindo para a mágica, para o inesperado positivo, para a grande surpresa. Mas, me sinto no controle de mim mesma. Sei onde a minha energia quer ir, o que eu quero explorar, o tipo de contribuição que eu quero ter.
Me sinto animada. Aliás, mais que isso. Me sinto pronta.
A quantidade de ideias e informações que jorra de mim é um grande. Escrevi ontem páginas e páginas de ideias pro workshop que está vindo. Principalmente, para algo completamente que eu estou fazendo. Um dos bônus do workshop será 30 dias de audios, que eu vou mandar todos os dias as 5h da manhã para quem participar. Comecei a enlouquecer em tudo que eu quero entregar, as ideias, a jornada que eu estou construindo e o destino que quero que cheguemos juntos. Nunca gravei algo assim, em audio, nesse formato. Gosto da idéia de a pessoa poder acordar e ter algo meu a esperando, que vai fazer com que ela passe o dia pensando e digerindo o que foi dito. Não consigo ignorar a forte sensação que vidas serão mudadas nessa jornada comigo. É pra isso que eu faço o que eu faço.
E não me entenda mal.
Parece um pouco forte falar isso, e eu sei. Mas quantas pessoas não mudaram nossas vidas até aqui? Depois que deixamos ela entrar e realmente nos tocar? Quantos mentores? Professores? Parentes?
Alguns, infelizmente, mudaram nossa vida para pior. Aquela velha máxima: pessoas bloqueadas bloqueiam pessoas. Mas, hoje, como adultos, podemos escolher quem deixamos entrar. Ao fazer um curso. Ao assistir uma aula. Ao escolher um mentor. A máxima também funciona na outra direção: pessoas desbloqueadas desbloqueiam pessoas. Aí sim. Começamos a abrir as portas - e janelas - da nossa vida para que pessoas venham e mudem nossa mundo. E é justamente aí que a mágica começa a acontecer também. Nosso mundo fica maior. E a partir disso, novas oportunidades e possibilidades começam a existir na nossa realidade, antes completamente inexistentes para nós.
Sinto esperança no meu coração que seja lá o que eu vá escrever nos próximos 30 dias, sejam momentos, histórias e ideias que, pouco a pouco, vão mudando a jornada da minha vida. Como sempre, desejo o melhor. Mas sei também, que seja lá o que aconteça, tudo que acontece, acontece ao meu favor.
No fim, o melhor é sempre inevitável. A gente só precisa fazer nossa parte.
Outubro, obrigada por abrir meus olhos.
Novembro,
sejas mágico!