E faz tempo, hein?
Escrevo essa carta de um dos meus cafés favoritos em Dubai, enquanto batalho uma dor de garanta, dor no corpo e mais.
Pensando bem, não sei dizer bem o porquê faz quase um mês desde a última carta. A verdade é que a energia está meio estranha nos últimos tempos e apesar de ter experienciado alguns dos melhores momentos da minha vida, ainda vivo questões desafiadoras na minha vida pessoal.
A verdade é que eu estou vivendo na pele uma das grandes leis da vida: do ritmo. Aprendi há muito tempo que estabilidade é uma ilusão e de que nem sempre vou conseguir performar da maneira considerada “ideal” o tempo todo. Tive que fazer escolhas, e está tudo bem. Até lembro de uma frase que eu ouvi uma vez, de que as pessoas ao escutarem que alguém esta na UTI, mas que essa pessoa está estável, já sentem uma onda de tranquilização. Como se estabilidade fosse garantia de resultado positivo imediato. Ledo engano.
O mês de outubro está se transformando exatamente no que eu esperava dele. Um mês de transformação profunda. Um mês bem na vibe de Escorpião, onde seu veneno não serve apenas para morte, mas também para renascimento - bem desconfortável, por sinal. Ir contra a maré da vida é demência pura e tentei ter a sensibilidade de surfar a onda atual da minha vida. Atribulada, mas que sei e sinto que está me levando pra melhor direção possível. Respeitar os ciclos naturais da vida é uma arte.
Estou vivendo na pele o preço que se paga por ter decidido transformar 2023 no melhor ano da minha vida. Sinto no meu corpo a resposta pelas minhas decisões de sair da zona de conforto e estou passando por processos profundos de limpeza - e não sei se você vai entender bem do que eu estou falando. Minha experiência pessoal me diz que crescer muitas vezes implica em desconforto, e no sentido mais literal da palavra no meu próprio corpo físico.
Ainda há cerca de 64 dias para o final do ano e apesar de estar seguindo o ritmo da vida e a atual maré, também sei que há muito que precisa ser feito esse ano. Não porque eu preciso performar, mas porque eu decido viver coisas na minha vida em 2023 ainda. Esse ano é a maior oportunidade da minha vida até aqui, oportunidade, da qual, eu não estou disposta a perder ou jogar fora. Ao pensar nesse ano, sinto uma misto de coisas diferentes. Quantas oportunidades? Quantas viagens? Quantas memórias que vão me acompanhar para sempre?
Há alguns dias mandei um e-mail para 30 pessoas diferentes as agradecendo. Completei 3 anos desde o meu primeiro workshop na minha vida: O Jogo da Vida e como Jogá-lo, que eu fiz em outubro de 2020. Essas 30 pessoas mudaram minha vida! Foi testando as águas com o workshop - que era bem simples na época - que eu abri com o tempo as portas para algo que se transformaria na minha mentoria. A confiança dessas pessoas (e também de quem fez a turma 1 de mentoria) mudou completamente a minha jornada de vida. Gratidão realmente não expressa tudo que eu sinto ao pensar nessas pessoas.
Repeti o workshop em 2021, mas pulei ano passado. Não sei bem dizer o porquê. As pessoas do marketing não entenderiam como que eu não tive um calendário cuidadosamente executado para tirar a maior quantidade de “leite” possível ou o simples porquê de eu não ter feito ele múltiplas vezes. Era dinheiro fácil. O workshop funciona e as pessoas conseguem reconhecer isso. É, na verdade, um pouco estranho o quão magnético que ele é. Ele tem força por si.
A verdade é que eu apenas não senti de fazer ele. Simples assim. Algumas coisas especiais devem ser guardadas com mais cuidado. Sem falar que meu foco estava na mentoria. Mas, ao mandar o e-mail de agradecimento e ao perceber que fazem 3 anos já, senti a vontade, agora, nesse mês complicado e desafiador. Pensando bem, talvez a vida seja exatamente sobre isso. Será que se meu mês tivesse sido “fácil” eu teria dado atenção a essa ideia? Foi justamente ao viver esses desafios que pensei no quanto saber jogar o jogo da vida é importante. Eu senti e sinto a força das ideias desse workshop. E me deu vontade de falar sobre isso. De dividir isso. Mais uma vez.
Rio sozinha. O maior feedback que eu recebo da mentoria costuma ser o mesmo: para eu melhorar o marketing. Para eu ser mais agressiva. E eu entendo de onde vem isso. Mas, nesse momento, as coisas são como são. E, acreditem ou não, elas tem muita força. É um pouco inexplicável e sei que talvez poucas pessoas consigam entender isso de verdade. Mas, tudo que eu faço, eu faço quando eu sinto que tem força. E, justamente por ter força, sei que as pessoas certas virão para mim. Elas farão parte. E eu vou poder dividir com elas o que eu tenho naquele momento. É assim que minha vida funciona.
Existe uma regra de ouro na minha vida, que eu aprendi como regra do 20/100.
Não, não é Paretto - essa é a regra 80/20 (que 80% dos resultados vem de 20% dos esforços, uma regra verdadeira em minha experiência) . A regra 20/100 fala que sempre que você tiver algo a oferecer para alguém, você deve oferecer 100 e pedir 20. O valor entregue tem que ser muito (muito mesmo) maior que o valor pedido. Assim, mais vida é adicionada no mundo. Acho que é por seguir essa regra tão a risca que consigo ter a vida que eu tenho hoje.
Fiquei outro dia, na semana passada, pensando nessa regra e no workshop, enquanto eu ainda pensava se eu o faria de novo ou não. Fiquei rindo sozinha. Lembrei de histórias passadas, de pessoas que fizeram o primeiro workshop em 2020 e que fizeram 2021. Sei de histórias específicas de pessoas que alteraram completamente a jornada de suas vidas por causa de um workshop. Parece exagero, né? Acho que por isso que eu fiquei rindo sozinha. Tem tanta história na minha vida que eu nem sei como contar porque sinto que as pessoas nem acreditariam, mesmo se eu tentasse. Histórias da mentoria, então? Esquece! Talvez algumas pessoas não consigam perceber que a minha vida não apenas parece mágica, que ela é, de fato, mágica. Isso só não significa que ela é perfeita ou que ela é fácil.
E minha vida não é especial. A vida, em si, é mágica. As pessoas que se esqueceram em algum momento disso e começaram a acreditar nas vozes negativas dentro de si. A mágica está disponível para todos. E sabemos disso. No fundo, em alguns momentos de maior lucidez, percebemos coisas “estranhas” acontecendo, coincidências se repetindo e oportunidades simplesmente caindo no nosso colo. Achamos meio surpreendente, mas acreditamos que isso é a exceção, em vez de entendermos que essa é a regra. Uma regra mágica que muitos não vivem diariamente pelo simples fato de não acreditarem ou permitirem ela existir em suas vidas.
Muitas pessoas querem viver uma vida cheia de sonhos realizados, mas nem sabem direito quais sonhos são esses. Ou, se sabem, bem no fundo não acreditam que isso pode ser verdade. Se eu tivesse uma varinha mágica e pudesse te dar, agora, o que você mais quer… você tem certeza que não sentiria resistência de simplesmente receber isso? Sem nenhum esforço? Muitas pessoas estão tão desconectas da vida e de si, que não conseguem nem sentir ou reconhecer essa resistência perante a vida. Aos seus fluxos. A sua direção.
Entender o jogo da vida é entender quem você é e do que você é capaz. Entender que a mágica está disponível para todos e que tudo é possível. Entender que a vida quer te ajudar, mas pra isso, você tem que se ajudar primeiro. Entender que para receber algo, você tem que dar algo. Entender sobre a lei do plantio e da colheita. Entender sobre seu poder pessoal.
Fico feliz com minha decisão e me sinto curiosa para saber quem vai entrar nesse meu campo e na minha vida. Quem vai tirar um domingo pra vir comigo, pra aprender e quem vai se permitir ainda viver uma jornada de 30 dias comigo. Sim, esse workshop será grande, maior do qeu nunca. Resolvi além do encontro ao vivo de 4h, fazer 30 dias de exercícios, pra garantir que a pessoa vai tirar o máximo disso. Aquilo que eu falei, né: 20/100. Sempre.
Enquanto outubro a ir embora e novembro começa a aparecer no horizonte, me abro para o que novembro irá trazer. Já decidi que novembro será novembro mágico. É aquilo, para onde nossa atenção vai, nossa energia vai. Além disso, resolvi agora - enquanto escrevo essas palavras - que novembro também terá carta todos os dias. Afinal, porque não?
Como eu disse, o jogo da vida é sobre plantio e colheita. Sobre dar e receber. Que em novembro, você possa entrar ainda mais no meu campo, na minha vida e na minha energia. Que eu possa dividir um pouco dessa mágica tão presente ao meu redor. Que eu possa te ajudar na sua jornada. Que eu possa pegar na sua mão e te guiar rumo ao futuro.
Que eu possa te ajudar a entender mais sobre esse jogo maravilhoso que é viver.
As informações do workshop estão aqui.