Escrevo essa carta do lugar que está se tornando um dos meus lugares favoritos no mundo inteiro, um lugar especial e um lugar que eu estou plantando muitas coisas lindas na minha vida.
Os últimos dias foram importantes na minha jornada.
Muitas novas ferramentas tem surgido na minha vida para me dar ainda mais clareza, lucidez e capacidade nos próximos passos. Há exatos 21 dias que eu estou escrevendo, a punho, no mínimo 3 páginas por dia com tudo que me vêm a mente - parte dos exercícios do livro The Artist’s Way.
Em 3 semanas já terminei o equivalente a um caderno inteiro (tem dias que eu escrevo mais) e posso já dizer com confiança que a prática da escrita constante já mudou minha vida. É óbvio para mim que esse é mais um novo hábito que eu estou incorporando aos meus dias e que assim como o diário da gratidão, as páginas diárias irão definir o meu destino. A clareza, enfim, tudo. É algo um pouco indescritível.
Eu não sei se eu já trabalhei tanto na vida quanto nos últimos dias. Não só pelo número de horas, mas pela qualidade e a profundidade. Efeito do começo da turma 9, sem dúvidas. Já devo ter falado disso de toda a nova turma que se inicia - o que sempre se provou verdade - mas essa turma mudará minha vida. Eu sinto isso.
Mal posso esperar tudo que viveremos juntos nesses próximos meses. Lembro que ao iniciar a turma 8, no dia inicial, jamais pensaria que durante aquela turma eu iria realizar dois sonhos importantes que me levariam a Roma e a Shanghai. /como assim?
A verdade é que tudo que acontece na minha vida acontece em um ritmo acelerado. Não foi assim no passado, mas é a realidade que hoje eu construí para mim. Ao ficar pensando no porquê disso, me pego observando a minha capacidade de fazer o que precisa ser feito com a minha capacidade de incorporar tudo de novo que aparece na minha frente. Quase como que se a vida falasse comigo e eu estivesse me tornando melhor em ouvir suas mensagens escondidas em tudo que acontece ao meu redor.
Os últimos dias têm sido importantes. Vitais. Infelizmente, não tenho vocabulário para explicar algumas coisas que andam acontecendo dentro de mim. Só posso fazer o de sempre, agradecer e continuar.
Hoje, também, foi um dia importante por outro motivo. O último sábado do mês é o dia que eu realizo os encontros do clube do Livro, parte da minha mentoria (aberto pra todas as turmas). Tínhamos planejado ler um livro de empreendedorismo esse mês, mas durante a semana eu senti claramente que deveríamos reler o primeiro livro do clube. Um dos livros mais importantes da minha vida e um livro que cada vez mais percebo ser relevante na vida das pessoas. Há algo nele capaz de mudar o rumo de nossas jornadas - e para o bem.
O livro se chama “Onde estão as Moedas?” e fala sobre a aceitação dos nossos pais e nossa família. Um tópico argiloso para alguns, mas universalmente fundamental para todos nós - visto que estamos falando da nossa origem, das nossas raízes. Não consigo expressar bem o impacto que esse livro teve em mim (um livro que podemos ler e uns 40 minutos) e que contêm uma ideia tão simples, mas também radical: O que aconteceria nas nossas vidas se mudássemos a forma que vemos os nossos pais?
A verdade é que eu não quero - nem posso - te convencer do poder dessa ideia, e em como ela é o tema central de tudo que fazemos ou deixamos de fazer. Mas, eu posso te contar a minha história. Desde que eu mudei a forma com que eu vejo de onde eu vim a minha vida ficou melhor. Quase como se antes eu estivesse sofrendo nadando contra a corrente da vida e agora, sou graciosamente guiada pela correnteza que está sempre ao meu favor.
Poder dividir essas ideias e ver o resultado disso tudo na vida dos meus mentorandos é um privilégio. Me sinto viva, me sinto completa. Não sei bem como que eu cheguei aqui, com tantos sonhos realizados e ainda por cima me sentindo assim. Mas, sei que olhar para a minha fonte com amor, carinho e respeito é o ingrediente fundamental de tudo isso.
A nossa origem não é nossa fraqueza, é justamente o contrário, é nossa grande fortaleza. Há uma força ancestral disponível, a espera de ser reconhecida e tomada. E é ela que é capaz de nos sustentar e nos guiar durante os desafios inescapáveis da vida. Tomar de verdade a vida que nos foi dada e fazer algo de bom com ela é a atitude mais radical e poderosa que podemos fazer na nossa vida. E ouso dizer, é a única que nos levará para onde queremos ir de verdade: de volta pro berço.
Que privilégio o meu de estar aqui, dividindo, aprendendo e agora com tantas pessoas que escolheram entrar no meu campo e na minha vida. Agradeço e honro cada pessoa que entrou na turma 9 de mentoria e os recebo de braços abertos para começarmos esse trabalho tão lindo que é o de aprender a viver mais e melhor.
Que você encontre a beleza das suas raízes e entenda que quanto mais você se permitir receber dela, mais ela vai ter para te oferecer.
Não há limites para as benções que a vida tem para nos conceder.
Apenas os limites que impomos para receber.