Escrevo isso do meu hotel, já muito tarde da noite, muito cansada depois de um dia bem agitado mas feliz de poder vir aqui e dividir um pouco da minha vida com vocês.
Hoje o dia começou da mesma maneira que ontem, mas dessa vez escolhemos outro restaurante para nosso café da manhã - uma decisão acertada. Um buffet de não acabar mais, pratos dos mais diversos países e uma barriga bem cheia depois, fomos para a piscina aproveitar ao máximo o que viemos fazer aqui: relaxar o maior número de horas possíveis na piscina infinita.
Infelizmente, hoje esse ritual foi diminuído por uma pequena tempestade de raios que fez com que o local do prédio precisasse ser evacuado - o que nos levou de volta ao nosso quarto e no meu caso, para uma soneca merecida e mais trabalho. Escapamos na tarde para conhecer a região de Chinatown daqui e os as casas famosas com lojinhas e também a Pagoda daqui. Muito charmoso e eu adorei. Pude experimentar o refrigerante local - uma vontade surgida depois de eu ter feito um amigo viciado em refrigerantes do mundo inteiro - e fui gentilmente lembrada que refrigerantes são, no seu núcleo, puro açúcar.
Na volta, caminhamos pela região de volta ao hotel e pude ver o charme do centro da cidade e seus prédios e vi com meus olhos algo que eu já imaginava: o quão limpa é a cidade o quão linda. Estou impressionada com tudo aqui e consegui me ver feliz aqui morando também. Quem sabe, tudo pode acontecer na minha vida.
Na volta, finalmente pude me concentrar e trabalhar mais antes de ir mais uma vez para a piscina aproveitar o por do sol. Ao ver o sol baixinho, agradeci muito por tudo e consegui me conectar com essa energia que eu tanto amo, uma energia de proteção e de amparo. De noite, minha mãe e eu aproveitamos um dos nossos restaurante favoritos: Ding Tai Fung!
Enquanto caminhávamos, minha mãe e eu conversamos sobre um conceito interessante chamado berçário de estrelas - literalmente um conglomerado de gases no meio de galáxias que servem de princípio para novas estrelas surgirem depois de ondas gravitacionais. Fiquei então pensando sobre um axioma que diz “assim como acima, abaixo”.
Se até os grandes astros possuem um princípio e precisam de um tempo para serem gestados e criados, porque o mesmo não serviria para nós também?
Quantas vezes não nos esquecemos que tudo precisa de um processo, de uma metamorfose, de uma alquimia. Onde algo se transforma em outra coisa diferente, mais complexa, mais robusta, um passo adiante no processo de evolução. E se víssemos nossos sonhos assim? Como um processo, que precisa de tempo e maturação, mas que se feito da maneira certa, seguindo os princípios de crescimento não teria como dar errado?
Se até as estrelas precisam de um berçário para existir, hoje eu te pergunto: como é o seu berçário interno para seus sonhos?
Eles tem o que é necessário
para que seus sonhos possam
nascer e crescer?