A noite foi difícil em Firenze e apesar do hotel incrível que pude me hospedar, nem sempre isso é igual a uma noite sem perrengues e de sono tranquilo.
Mas, acordei já pronta para aproveitar a cidade e também com a decisão da mudança de planos. A segunda parte da viagem será mais curta e não irei mais para Milão, e sim voltarei para Roma, de onde troquei o meu voo de retorno para Dubai.
Foi engraçado, porque quando contei para minha mãe da decisão ela me perguntou se algo ruim tinha acontecido. De maneira nenhuma! Mas, prefiro fazer meu workshop e mentoria desse final de semana da minha casa e também senti que era a coisa certa a se fazer. E ah, santa Emirates! Consegui trocar a data e o aeroporto de partida por um acréscimo de 60 reais. Acredite ou não, mas os dias em Roma me deram muito ânimo para fazer o que eu mais amo: construir e trabalhar!
Uma das grandes motivações disso foi também o fato de eu ter mandado uma mensagem para a coach vietnamita que me ajudou a ver que meu sonho era Roma. Ela me fez uma pergunta que me fez perceber que eu quero demais voltar para minha casa e escrever ainda mais sobre tudo que está acontecendo.
Hora de plantar novas sementes na minha vida. E que dúvida que isso aconteceria em algum lugar entre Firenze e Roma!
Poder passar a tarde no mesmo café que ano passado fui tantas vezes e perceber a mudança em mim e poder agradecer por tudo que já aconteceu me deu um ânimo. Sabe, a vida é muito generosa.
Pouco a pouco vejo o quebra-cabeça da minha vida sendo formado e tudo faz sentido de uma maneira assustadora impressionante. A vida não perde uma!
No trem, no caminho entre a Toscana e Roma vejo as paisagens, o verde, as nuvens e percebo a diferença da minha casa que hoje é o deserto. Agradeço mais uma vez. E de novo. Meu sonho era o mundo e hoje ele é uma realidade.
Caminhar novamente por Roma, literalmente no dia seguinte que a deixei (sem saber quando voltaria) me relembra que tudo pode acontecer. Que mudanças podem surgir. E que talvez isso signifique estar de verdade no fluxo da vida. No fluxo de sentir o que precisa acontecer. O que pode ser mais benéfico.
Ver o por do sol ao longe, com a bola vermelha descendo pela paisagem do morro a frente me deu a certeza de que tinha feito a coisa certa.
De alguma maneira inexplicável, all is well. Ouvir nossos instintos é importante. Traz paz.
Estar de volta a Roma, é uma surpresa bem-vinda. E apesar de ainda não saber exatamente que parte da viagem que foi, sei que coisas importantes aconteceram e estão acontecendo aqui.
Um ponto de inflexão.
Onde o novo sonho maior se materializa. Exatamente onde o antigo existia.
A vida realmente não perde uma!