Escrevo essa carta de um dos meus cafés favoritos e já descansada do último mês insano e pronta para voltar a escrever e dividir minha vida por aqui.
Ainda não acredito que faz apenas 1 semana desde a última vez que eu escrevi uma carta - parece que faz muito, muito mais tempo. Esses últimos dias serviram para descansar e para tirar qualquer tensão de “ter” que e voltar para o flow de “escolho fazer". E que bom. Mas, que vontade de escrever e que felicidade estar aqui mais uma vez.
Os primeiros dias desse mês foram surpreendentes, para dizer o mínimo.
Tive o lançamento oficial da minha turma 8 de mentoria e eu estou muito grata e feliz de dizer que eu consegui sentir exatamente o que eu queria sentir. Poder receber essa pessoas na minha vida e começarmos a dar passos, juntos, em direção a um novo caminho é uma felicidade e também um privilégio e responsabilidade.
No domingo, ao ver pessoas se inscrevendo de última hora também senti algo muito poderoso. Há alguns dias que eu já tinha entregado o resultado, com confiança que de que as pessoas certas viriam. E hoje, tenho certeza que isso é real. Quem estava preparado, disposto e aberto está agora sob seus meus cuidados.
E que bom. O trabalho, então, começa agora. Darei meu melhor.
Além disso, eu conheci alguém…
não estou preparada, nem disposta a falar mais sobre isso aqui. Há partes da minha vida que eu faço questão que permaneçam pessoais e que eu não abro para o público - ok, eu acabando contando histórias na minha mentoria - mas mesmo assim, há tanta beleza em ter aspectos da sua vida que são só seus.
Estar tendo essa experiência de ver alguém querendo te conquistar e tendo o cuidado com os mínimos detalhes é tão bem-vindo. Mas, também me deparo com uma versão minha exigente. Eu sei exatamente o que eu quero e não estou carente. Eu lutei tanto para ter a vida que eu tenho hoje (inclusivo o amor próprio que eu tenho) que eu não deixarei alguém entrar na minha vida com tanta facilidade e sem ter provado que é de fato merecedor de ter um lugar na minha vida e na minha rotina.
Eu realmente acredito que a escolha da pessoa que fica no nosso lado é uma das maiores importantes na nossa vida. Seja como esposo, namorado, o que for. E eu tenho a certeza interna de que eu não tenho pressa - para nada.
Eu hoje vivo algo que eu não vou abrir mão. Eu tenho paz. Eu amo minha vida. Amo minha rotina. Amo meu espaço. Amo meu tempo. Amo fazer minhas coisas. E por mais que eu saiba que eu desejo sim, dividir coisas com alguém - e construir junto também - ainda não me sinto 100% pronta para isso. E tá tudo bem. Vamos com calma.
Muita calma.
Além dessa pequena reviravolta na minha vida, também tive uma experiência nova: fiz uma aula de Jiu-Jitsu!
Apesar da minha vida não ser fácil, ela é muito confortável. Percebi que em muitos aspectos estava em uma zona de conforto e decidi fazer algo intencional pra sair disso. Me inscrevi em algo que eu nunca fiz nada parecido. Entrar naquele tatame, com um professor, e simplesmente deixar ele me ensinar como estrangular alguém foi um desafio. E que bom. Eu amei entender mais da técnica, entender que Jiu Jitsu na verdade é uma espécie de xadrez com o corpo e sentir essa curiosidade elétrica: até onde que eu sou capaz de ir com o meu corpo?
Ao ter um período de tempo que eu estou focada apenas no meu corpo, sinto que estou desenvolvendo uma nova maneira de ter foco mental. Uma clareza, quase que uma limpeza também. Seja como for, me fez bem. Eu gosto das minhas escolhas, do que eu estou vivendo, de estar me abrindo para algo novo. Algo que, se eu decidir continuar, pode significar um investimento de mais de uma década da minha vida até uma faixa preta…
porque não?!
Já fazem alguns meses que eu estou indo na academia e eu estou ficando mais forte. Meu corpo está diferente. Os músculos nos meus braços estão começando a dar o ar da graça e eu gosto de puxar ferro. Isso me incentiva. Eu gosto dessa minha nova versão, eu me sinto confortável assim. Me sinto vivendo um potencial que estava dormente. /Como que eu cheguei aqui?!
Sinto orgulho da minha evolução e não sinto pressa na minha evolução. Apenas o cuidado consciente de manter a constância e que assim, os resultados que eu desejo (internos e externos) estarão garantidos.
O mês de junho já começa de maneira mais calma e leve.
Mas, com muito trabalho e muita produção. Me vejo frente a frente com novos sonhos e desejos profissionais e me pego pensando em como vou conseguir viver tudo isso. O desafio é grande. Mas, ao invés de sentir medo, sinto uma animação. Os sinais estão chegando por todos os lados, e enquanto eu ainda me pego tentando decifrar tudo isso, abro um sorriso e só peço de leve:
Junho,
seja leve.