Escrevo essa carta já de cara com uma notícia boa e uma notícia ruim: A boa é que ontem eu fui dormir cedo e acordei as 5h30, fui caminhar, vi o nascer do sol e foi um dia lindo. A ruim, já são quase 3h da manhã e ainda não fui dormir. Aí dios mio, o que faço?
Apesar de sonhos estranhos, existe uma beleza em começar o dia bem cedinho, com a forte sensação que o número de possibilidades que me aguarda é quase infinito - assim como a minha lista de coisas para fazer hoje.
Mas, tirei um tempo pra mim e comecei o dia caminhando 1h no centro da cidade, ouvindo minhas músicas e realmente aproveitando para estabelecer o tom do que eu gostaria que o dia seguisse. Infelizmente, o verão já está aqui e 6h30 da manhã já estava suando na rua.
Os próximos meses serão desafiadores por aqui.
Aproveitei o horário do almoço para fazer algo que poucos sabem sobre mim. Fui colocar botox nas axilas - isso mesmo que você leu. Eu faço esse procedimento 2x por ano há mais de uma década. Apesar de já ter consultado vários médicos e ter recebido o laudo de que eu não tenho hiperidrose nas axilas, elas simplesmente suam um pouco mais que o normal.
Nunca tive o problema de suor em excesso em alguma parte do corpo que chega a escorrer o suor, mas desde que eu me conheço por gente no verão eu começava a exibir as famosas marcas de pizza nas camisetas coloridas. Apesar de não ocorrer em excesso, ainda lembro da vergonha na época do colégio e como isso me limitou durante um tempo da minha vida. Minhas mãos suam um pouco mais que as outras pessoas - mas só quando eu estou nervosa. De resto, considero não haver diferença para outras pessoas.
Essa minha situação custa um valor alto todos os dias, mas poder encontrar uma solução fácil - que pra mim não dói - me deixa feliz e grata. Esse era o tipo de problema meio nojento e inconveniente, que já me deu muita vergonha no passado, mas hoje eu realmente falo disso com tranquilidade. Para os que não sabem, o botox meio que “congela” a parte do corpo, e ela também para de suar. É bizarro, mas funciona.
Em seguida, voltei pra parte antiga da cidade para o momento da verdade: buscar o meu vestido. Eu tenho um evento importante amanhã e não tinha conseguido encontrar um vestido que eu gostasse, que eu me sentisse bem e confiante e que não custasse mais de 10 mil reais (alô Dubai). Isso me levou a buscar soluções para esse problema, o que então me levou a um beco numa área estranha em Dubai, onde um costureiro paquistânes que mal falava inglês olhou para a foto do que eu queria e simplesmente disse: ok, ok.
Pegamos o abra, atravessamos o creek e fomos até outro canto ainda mais esquisito - e sem nenhum estrangeiro por perto - para comprar o tecido e ficar na torcida que daria certo. Olhando para trás, eu não sei bem dizer como que foi essa sucessão de eventos, mas eu tinha uma certeza interna: o vestido certo apareceria, eu só precisava confiar e bem, seguir o flow.
Uma situação que potencialmente tiraria o sono de algumas pessoas - o evento é importante eu tenho papel de destaque nele - foi algo tranquilo para mim. Eu realmente não sei explicar muito bem de onde vem essa certeza interna que as coisas vão funcionar e de que tudo que acontece, acontece ao meu favor.
Na terça, quando eu saí lá, apesar de tudo me apontar que potencialmente daria merda, eu sentia no meu peito que havia um porquê daquilo tudo. Um porquê do vestido que eu escolhi - um achado no pinterest -, da cor que eu escolhi (uma cor que eu nunca uso), e de eu ter parado naquele lugar, com aquele costureiro, naquela loja.
Sabe, as vezes eu acho que a vida é uma dança e melhor que podemos fazer é nos render para a melodia que está tocando naquele momento e bem… só seguir o ritmo.
Ao ver o vestido dobrado na sacola eu tive uma péssima impressão. Parecia mal costurado, feio, torto e já fiquei: hmmmmmmm, talvez eu precise de um plano B. Mas, mesmo assim, em momento nenhum eu me senti nervosa ou com medo de que algo ruim fosse acontecer. Carreguei comigo sempre a certeza interna de que não tem como dar errado.
Para minha felicidade, ao chegar em casa - e tomar um banho muito bom depois de fritar durante a parte da tarde - eu pude finalmente experimentar o vestido. E bem… ele é lindo. E ficou ótimo.
E sim, eu mudaria algumas coisas nele, mas sabe quando você se sente bem usando algo? Até um pouco… surpreendida? Ainda não sei bem o que vai ser do dia de amanhã, mas seja como for, vou dar o meu melhor e vou aproveitar, como puder.
No caminho, ainda conseguir parar num Starbucks famoso daqui e fazer uma mini mentoria 1-1 com uma mentoranda que indicou uma amiga para a mentoria. Esse é um bônus único que eu dou e foi legal matar a saudade dela, que fez a mentoria 4. Acreditam que ao final da nossa reunião - que durou só 30 minutos - ela resolveu voltar e fazer a mentoria de novo? É muito incrível, mas é também muito comum. Eles aproveitam o desconto que eles tem (para fazer de novo) para se reconectar comigo e aproveitar os exercícios novos e todas as ferramentas novas, que eu trago a cada nova mentoria. Poder mentorar pessoas tão especiais assim me faz feliz. E eu adoro encontros 1-1 também - eu só não tenho tempo para oferecer como um serviço a parte.
Por hoje também pude ir no Dubai Mall de noite acompanhar meu amigo para uma rodada de compras. Eu sempre sonhei frequentar lojas de luxo e simplesmente aproveitar essa vida e ter o privilégio de acompanhar ele nisso, foi incrível. Eu, por exemplo, nem sabia que a loja da Burberry tinha um terraço privativo no shopping… e agora eu sei.
O mais bizarro é o atendimento entre diferentes lojas e o quanto ter um atendimento personalizado faz bem. O gerente da loja nos ganhou, e olha que falamos sobre potencialmente ir no Outlet e se algumas das peças valiam mesmo o valor. Uma conversa franca, de pessoa… para pessoa. Eu virei fã. Da marca. E do gerente.
E pensar que na saída meu amigo me falou que o gerente estava usando um relógio de mais de 100 mil dólares. Ai ai. Dubai.
E, agora, prestes a ter mais uma noite desafiadora, eu agradeço. Por sentir o que eu sinto no peito.
Essa leveza.
Essa coragem.
Essa calma.
Ao aprender a confiar mais na vida, abrimos a porta para que uma única realidade se apresente: a de que, não importa o que acontecer…
será ao meu favor.
Meus Deus, ansiosa pelo evento e pelo vestido. 👀👀
Uau! Que carta. E que final! 💛
"Ao aprender a confiar mais na vida, abrimos a porta para que uma única realidade se apresente: a de que, não importa o que acontecer… Será ao meu favor."
❤️🔥❤️🔥❤️🔥