Escrevo essa carta já no começo da madrugada direto do meu celular, enquanto faça minha caminhada diária - garantindo meus 20 mil passos diário.
Sabe, me comprometer a escrever uma carta todos os dias nesse mês tem sido não apenas um desafio, mas também um convite para sair da minha zona de conforto. Nunca havia me imaginado escrevendo uma carta assim, on the go, enquanto faço outra coisa. Mas, também, sinto uma injeção de ânimo, já que sinto que posso dividir detalhes do meu dia que eu não dividi nas minhas redes sociais. Ou, se dividi, consigo dar mais contexto também.
Ontem de noite eu falhei completamente de noite, indo dormir quando já era dia. Regular o meu sono tem sido um desafio há bastante tempo na minha vida, seja com as reuniões e mentorias acontecendo tarde na noite, seja pela minha própria falta de organização.
A verdade é que o dia me oferece uma experiência completamente diferente se eu começo ele logo de manhã, bem cedo, ou, se eu começo ele já perto do horário do almoço. Li uma frase muito interessante ontem: uma hora antes das 9h da manhã vale por 2 horas depois das 7h da noite.
Uma verdade.
Ao ir dormir tarde, acordo tarde e o pior, meu dia começo lento e sinto que eu demoro uns bons minutos pra realmente me sentir acordada, e bem, viva e presente.
Por empreender, a minha realidade é que eu trabalho todos os dias. Então, depois de comer, peguei minhas coisas e fui para um café para fazer o que eu mais gosto: produzir. Além de organizar minha semana e já resolver pendências, organizei a mentoria que eu vou dar hoje a noite, a última da turma 7.
Da pra acreditar que o tempo passou tão rápido?
Ok, não é bem a última. Eu não sei me controlar e já adicionei um encontro final, extra, de encerramento, que vai ser na semana que vem. Mas, a energia de despedida já começou. Apesar dos meus mentorandos continuarem comigo no grupo global e ainda participarem dos encontros esporádicos que eu faço com todo mundo, cada final de mentoria representa um ciclo de várias semanas que eu estou encerrando com esse grupo de pessoas.
E bem, elas fazem falta.
Sabe, acho que muitos não percebem minha felicidade quando eles voltam para minha mentoria avançada. Além de garantir nosso contato por mais tempo, ainda consigo ficar mais próximas dessas pessoas que confiaram em mim e na mentoria. A verdade é que minha mentoria e essa vida que eu estou construindo com tanta gente tão legal é um verdadeiro privilégio que eu faço questão de não esquecer.
Apesar do começo de dia mais lento, minhas horas de trabalho foram muito boas e produtivas, no melhor estilo de sessão “deep work”, bem como gosto. E claro, com o melhor combustível do mundo: um latte com leite de amêndoas. Simplesmente perfeito.
Hoje, como um exceção na minha vida, marquei um encontro com uma conhecida daqui de Dubai na hora do por do sol, em outro café pertinho do que eu estava. Never skip the sunset… 95% das vezes. Mas, porque a vida é incrível, esse foi um dos melhores cafés dos últimos meses! E não, não estou falando do café em si - que era ótimo, já que eu convidei ela pra um lugar sensacional.
Conversamos por quase 3h e apesar de ela ser 20 anos mais velha que eu, nossa história de vida é muito similar e somos parecidas. Não sei se é o fato de eu realmente já ter vivido muito para minha idade ou o fato de eu me sentir com uma alma mais velha mesmo, mas eu tenho essa tendência de me conectar com pessoas que já viveram muito também. Foi realmente inspirador. Ela é uma das sócias de uma firma global que tem vários escritórios ao redor do mundo e eu amo me cercar de pessoas assim, que são capazes de sonhar e de ir atrás de seus sonhos. Além disso, ela também superou desafios pessoais similares aos que eu superei. Facilmente criamos uma conexão e eu realmente sinto que na verdade eu reencontrei uma antiga amiga?! Ela até comentou que sentiu isso também.
Eu acredito que a vida conecta (ou reconecta) as pessoas certas na nossa vida. O mais incrível foi o fato de como que eu conheci ela. Ela é muito amiga de um brasileiro que eu conheci na final do torneio mundial da corrida de cavalos que eu fui mês passado. Ele, é amigo do namorado de uma amiga que me convidou. Ela, me convidou na noite anterior e agora, olhando em retrospectiva, senti uma forte sensação de: era pra ser. Quase como se os planetas tivessem se alinhado para fazer que esse encontro pudesse ser possível.
Uma sucessão de acontecimentos e encontros e apresentações que sei que trouxeram uma pessoa especial na minha vida. Vocês tem noção a força e inspiração que eu senti, ao meu conectar com uma mulher com mais experiência? Que tem uma jornada de vida sensacional? E ao ouvir que ela esse ano pode realizar o seu sonho de comprar o seu carro dos sonhos? Que, por acaso, também é o meu carro dos sonhos?
Ter contato com pessoas assim me da força de também acreditar em mim e no poder da jornada. Já falei aqui sobre a teoria que viramos uma média das 5 pessoas mais próximas da gente. Hoje, por causa dela, a minha média subiu. A média do meu nível de confiança que sonhos se tornam realidade. E, o mais importante, de que sonhos se tornam realidade… para alguém como eu.
Sai do nosso café inspirada, feliz e com um quentinho no coração. Estava justamente pensando em como maio já está sendo extraordinário quando eu entrei no mercado perto de casa para comprar minha janta. Estava refletindo sobre como fazer os 30 dias da gratidão é uma especie de portal que abre portas incríveis na nossa vida. E como que pessoas, situações e oportunidades simplesmente aparecem na nossa vida.
E, justamente quando eu estava pensando nisso tudo, com um iogurte e uma coca zero na mão, eu encontro no meio do mercado uma amiga e vizinha minha. Essa, também surgiu na minha vida apresentada por outra amiga. Na maior vibe de pessoa se tornando elos de ouro na nossa vida e esses elos crescendo!
Ela, no meio de uma conversa - no meio do mercado - então me convidou pra uma viagem de menos de 48h que ela vai fazer em breve. Pra um dos meus países dos sonhos. Pra um país que eu estava pensando há pouco tempo. E, pra uma data simplesmente perfeita e que se encaixa com o outro convite de viagem de outra amiga, feito há alguns dias.
Na hora, duas mensagens claras gritaram na minha cabeça:
(1) olha ai, maio extraordinário se apresentando na sua frente. Oportunidades sendo apresentadas diretamente pra você. Imprevistas, meio do nada, mas que estão aqui, materializadas.
(2) para a vida ser extraordinária, você precisa tornar ela extraordinária. De nada adianta desejar uma vida assim, literalmente extraordinária (ou seja, fora do normal) se você não for capaz de dizer sim para isso tudo.
Wow. Até escrever isso é desafiador. O único grande impeditivo de dizer sim pros dois convites (que eu ainda não confirmei) é a parte financeira. Por serem países próximos e pela duração ser curtas, a verdade é que são convites que eu consigo aceitar sem fazer dívidas. Eu tenho condições.
Mas, existe também uma outra parte de mim. A parte conservadora quando se fala de dinheiro, e a parte que tem medo que falte lá na frente. Saber gerenciar essa parte sempre foi um desafio pra mim, o que eu sei que pode parecer surpreendente para algumas pessoas, visto que eu viajo muito. Mas, todas viagens sempre forma um misto de: (1) é pra isso que eu sou minimalista e não gasto meu dinheiro facilmente com (2) eu acredito na minha intuição e eu tenho que ir, vai fazer sentido lá na frente.
E bem, tem funcionado bem desde então.
A verdade é que esse tem sido um mês intenso e eu ainda estou no meio do lançamento da turma 8 de mentoria. É desafiador pra mim conseguir criar os canais certos para as pessoas me conhecerem e confiarem que eu posso me tornar mentora delas. Tenho muitas mentorias gratuitas planejadas e atividades nesse período “de descanso” entre o final da mentoria 7 e começo da mentoria 8. Um período que eu considero perfeito pra ajudar o máximo de pessoas da melhor maneira pessoal, de maneira gratuita. Já que, depois que eu começo uma turma de mentoria, eu realmente tento alocar minha energia e foco no grupo de pessoas que resolveu embarcar nessa aventura comigo.
Isso me faz pensar que talvez me concentrar nisso seja a coisa certa. Mas, ao mesmo tempo, será que não viver o que está bem na minha frente, essas respostas ao convite ao extraordinário, não seja o melhor exemplo que eu possa dar como mentora? Que ao me permitir viver o extraordinário, eu permito que outros vivam isso através de mim também?
Só sei que cheguei em casa e jantei ainda meio impressionada com os dois encontros anteriores. Wow. Que dia sensacional.
Sai correndo pro shopping, ainda na busca do vestido perfeito pro evento que se aproxima. Fui convidada para falar na frente de todos nesse evento - algo que eu estava querendo recusar e estava me sentindo bem relutante de aceitar. Acreditem ou não, eu não gosto de ser o centro das atenções. Mas, ao mesmo tempo, eu falo tanto sobre sair da nossa zona de conforto e de focar no crescimento. Uma das questões de ser mentora é que eu carrego forte comigo a responsabilidade de realmente viver tudo que eu falo. No melhor estilo walk the talk. Respirei fundo. Droga. Com mãos já suadas, aceitei o convite. Até a hora do evento e durante vai ser desafiador, mas sei que vou ficar orgulhosa de mim depois.
Seguimos.
Ainda sem vestido, mas algo vai aparecer.
Voltando em casa, já 11h da noite, realizei uma mentoria 1-1 com uma mentoranda da turma avançada. É muito louco ter uma pasta compartilhada com essas pessoas e ver o desenvolvimento de perto dessas pessoas, os exercícios feitos e ver com uma clareza espantadora seus bloqueios de perto. Fico imaginando minha mentora pessoal vendo a mesma coisa comigo.
Quantos pontos cegos ela não apontou pra mim?
Que privilégio poder fazer isso por outros. Tenha mentores.
Com 2 minutos de intervalo, tomei água e já engatei numa sessão de mentoria gratuita que eu prometi no meus stories. Apesar da mentoria 7 ainda não ter terminado, estou levando a sério minha vontade de servir ao máximo que eu puder nesse mês de maio.
Acredito que ao dar, nos recebemos de volta. Sei que ao dar meu tempo, atenção e energia, vou receber de volta pessoas incríveis na minha vida, das quais vou poder ser mentora. É um preço que eu pago feliz. De verdade. Já meio sem voz, mas feliz.
Como faço pra explicar pras pessoas que fazer mentorias me faz feliz? Que me preenche? Que é simplesmente… quem eu sou?
Já cansada - e incerta do estado da minha voz - me vejo já caminhando perto da minha casa. Com os 20 mil passos feitos. E com 2h de mentoria me aguardando ainda.
O começo do fim da mentoria 7. E já caminhando pro começo da turma 8.
O corpo cansado,
ainda sem vestido,
mas com o coração pulsando,
feliz, grato & animado.
Talvez, seja mesmo hora de me abrir pro maio extraordinário.
Seja como for,
Vocês saberão de tudo.
ps: não consegui enviar a carta antes e são 5h da manhã, mas a mentoria foi feita. E, ela foi muito - mas muito - incrível.
A vida pode ser mágica mesmo.
Amo amo amo ler as cartas! Sinto como se estivesse fazendo parte de um mundo diferente, lindo e possível (o que também sinto com a mentoria). Não me canso de falar e sentir, sou muito grata por tudo o que tenho aprendido com você, Ana.