Escrevo essa carta ainda com os olhos ardendo, após um colírio maligno, na sala de espera de um oftalmologista.
Hoje, mais cedo, em meus stories no Instagram (@anapaulapoppi), indiquei um livro que mudou minha vida e que serve de grande lembrança de coisas importantes para mim. O livro em questão - que eu já indiquei uma dúzia de vezes - é o Almanaque de Naval Ravikant.
O livro, na verdade, é uma espécie de transcrição de diferentes conversas do Naval (podcasts que mudaram minha vida, antes de o livro existir) em que ele, Naval, divide sua maneira de ver dois aspectos importantes da vida: Riqueza (material) & Felicidade. Antes de falar como esse conteúdo impactou minha vida, é importante dividir sobre quem é Naval e porque você deve utilizar seu tempo não só lendo essa carta da minha relação com ele, mas porque você deve também utilizar seu tempo com o livro - a ponte do iceberg e definitivamente o começo de uma jornada.
Naval Ravikant é um anjo investidor estadounidense, que investiu em grandes empresas (como Uber), quando essas empresas ainda eram pequenas startups. Louco pensar que eu fui descobrir o que um anjo investidor era pouco tempo atrás - essas noções e ideias de empreendedorismo e construção de empresas simplesmente não faziam parte do meu vernáculo pessoal. Depois de ter sucesso pessoal e fazer muito dinheiro, ele começou a falar sobre algo diferente e que poucos falam nesse meio: desenvolvimento pessoal e felicidade.
Suas ideias ganharam grande popularidade quando ele fez uma thread no twitter explicando “Como ficar rico sem contar a sorte” em que ele explicou as ideias fundamentais sobre fazer dinheiro. Essa thread específica foi um choque, pois percebi que sim, conhecia grandes das ideias que ele considera fundamentais, mas nunca as tinha colocado em ordem e nunca tinha entendido realmente “como o jogo funciona". Naval impactou minha vida e suas ideias serviram de base para o meu desenvolvimento de Ana funcionária para Ana empreendedora e pessoa jurídica.
Apesar de nunca ter conhecido ele e nunca ter sequer estado no mesmo recinto, ele mudou minha vida e para isso eu sou grata. Hoje, Naval é um favorito em minhas mentorias e o livro do Almanque se tornou uma leitura indicada (praticamente obrigatória, sendo sincera). Sou muito feliz em espalhar a palavra de Naval e trazer mais pessoas para esse lado da força “angelical”.
No livro O Almanaque, a primeira parte é justamente focada em dinheiro e nos convida a re-analisar a maneira como vemos não apenas o gerenciamento de nossas finanças pessoais, mas a fundamentação de como o dinheiro é gerado na sociedade. E não estou falando de economia pura e teorias, estou falando de realmente entender como o dinheiro troca de mãos e ter uma visão maior de todas as engrenagens que fazem o sistema girar.
A segunda parte do livro - que eu quero dar ênfase aqui - é sobre felicidade. E aí que tudo muda. Se comecei a devorar os conteúdos de Naval para entender mais como fazer dinheiro, me apaixonei ao entender que na verdade isso não vai me trazer felicidade - pelo menos não a felicidade que eu procuro. E não, não vou fazer um discurso de como dinheiro não é importante, ele é, e como, e sentimos isso principalmente quando não o temos. Como Naval fala, jogar o jogo da vida sem dinheiro é jogar no modo hard.
Ao ler as páginas e a história de vida dele, de diferentes maneiras me vi naquelas páginas do livro. Por muito tempo (no meu caso foi menos - por sorte), seguimos a vida apenas focados em nossos desejos e justamente focando no que ainda não temos. E por mais que o tempo passe e a gente consiga o que queremos, sempre há novos desejos. Não temos paz - já que estamos sempre assinando nossa carta de não satisfação até que possamos viver tudo que queremos viver.
Para ele, o sucesso não traz felicidade e ele nos provoca com a afirmação: Felicidade é estar satisfeito com o que você tem, e o sucesso vem da insatisfação. Escolha.
O mais louco? Segundo Naval, a felicidade é uma habilidade que podemos aprender. E ela depende em pararmos de depender do mundo externo, e começarmos a nutrir e depender do mundo interno. Esse é um assunto complexo, que pede muita análise pessoal, mas algo é inegável - pelo menos pra mim -, a maior parte de todos meus sofrimentos pessoais estavam em coisas que eu não poderia controlar, alheias a mim & uma forte tendência a olhar para o passado com apego e frustração.
É injusto tentar fazer um resumo de uma obra que cada página tem algo que nos convida a pensar e refletir muito sobre diferentes aspectos da nossa vida. Relendo algumas páginas, entre um exame do outro e olho, me emocionei ao ler sua resposta à pergunta: Confúcio diz que temos duas vidas, e a segunda começa quando percebemos que só temos. Quando e como a sua segunda vida começou?
Usei essa frase de Confúcio em uma das primeiras foros que eu postei quando voltei para Dubai no ano passado. Naquela época não tinha ideia do que me esperava, mas sabia que estava começando um novo capítulo da minha vida. E, nesse último ano, posso garantir que comecei a viver essa nova vida.
Uma vida mais urgente.
Uma vida mais autêntica.
Uma vida fora dos padrões.
Hoje, te convido a ler a obra do Naval que está disponível de graça na internet no próprio site da editora brasileira. Você encontra aqui.
Hoje, te convido a aprender mais com alguém que tem uma história de vida completamente diferente da sua.
Hoje, te convido a olhar pra dentro.
Confúcio diz que temos duas vidas, e a segunda começa quando percebemos que só temos.
Quando e como a sua segunda vida vai começar?
Esse livro é incrível, obrigada por incentivar a ler ele Ana. GRATIDÃO 🫶🏼